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© G da Quina

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Instantes

Que abjecta forma de contar o
tempo às fatias.
Tic tac, tic tac, tic tac.
Que som tão macabro.
Parece a metralha, a matar o tempo que passa.
O infinito tempo finito.
De todos os mortais.
Só os sem tempo pintores, escultores.
E outros que tais.
Podem ter o favor de tempo sem tiras.

Lembrar Aleixo

Se houvesse poucos ses....
a dúvida não existia
o método pouco importava
o objecto não seria

Assim, talvez, concerteza.
São substantivos de substância
para manter a aparência.
De quem tem grande importância.

A importância com rigor
tem a ver com a essência.
De quem dá pouco valor
aos ares da aparência.

Há quem diga hoje em dia
que mais vale parecer do que ser.
Como é tolo, pobre tolo.
Que se julga ter, ao parecer.

Vivo

Casa de família
onde fica a minha,
como a encontrar,
estou farto de palmilhar
não encontro esse lugar.
Porquê ?
Minha memória
não encontra o caminho,
já andei tanto
desde que lhe
perdi o rasto
só recordações
ténues.
A dor já foi
tanta que
fez esquecer
a saudade.
Ninguém
tem saudades
de sofrer.
O cansaço de
correr à procura, faz
perder a esperança
e sem ela ninguém vive.
Sim sou um morto vivo.

Partilha

Quando eu morrer
Muita gente dirá
morreu o melhor homem do mundo.
Provavelmente ninguém
corrigirá.
Hoje que estou escrevendo
alinhando, estas palavras
sinto-me o pior ser.
Magoado triste, angustiado
mal amado
porque será ?

Bem vindo

A simplicidade das coisas, dos sentimentos da vida, faz com que o fardo que por vezes carregamos não pese tanto e permita percorrer grandes distâncias na procura do bem estar, do amor dos momentos de felicidade, permitam-me a veleidade de neste espaço partilhar isso convosco, sempre que queiram.
G da Quina